segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Edificio Martinelli



No começo do século passado, um imigrante italiano desembarcava no porto do Rio de Janeiro, seu objetivo era o mesmo de tantos outros imigrantes na América, prosperar. Nisso ele foi muito bem-sucedido, em pouco mais de duas décadas ele construiu um dos maiores patrimônios da época. Porém, ganacioso e desejoso por deixar um legado mais permanente de seu trabalho, além de sua importante empresa de navegação em Santos, o Comendador Martinelli decide erguer na cidade São Paulo o mais alto arranha-céu da América Latina. Assim, foi construído o Edifício Martinelli, ainda hoje um dos mais imponentes prédios da cidade de São Paulo.



Na crise dos anos 60 e 70, o grande prédio foi abrigo de vários prostíbulos, casas de dança e também foi palco de assassinatos.
O prédio literalmente viraria um cortiço, uma favela vertical. Em 1947, um crime brutal é cometido contra o garoto judeu Davidson, violentado, estrangulado e jogado pelo poço do elevador, e o assassino chamado de “Meia Noite” foi preso e acabou confessando o crime.



Em 1950, primeiros anos que os abandonos se mostram significativos, temos o depoimento de José Francisco Cascone, que trabalhava em uma joalheria no 19º andar, ele diz: 
“Das 8h às 17 horas havia atividades exclusivamente comerciais, com circulação de clientes de joalheiros e alfaiates renomados, e que entravam pela rua Líbero Badaró. Mas, a partir desse horário até 7 horas da manhã, era um completo e perfeito prostíbulo, onde corria solto o tóxico, as bebidas e o comercio do sexo. Os elevadores não eram usados e as escadas serviam de passarela para os mais absurdos desfiles de prostituição.”



Segundo o próprio zelador do prédio, o local é mal-assombrado por uma loira, uma mulher chamada Márcia, que supostamente teria sido morta ali.
O Martinelli tem um fosso que vai do terraço até o subsolo 2 e, quando houve uma invasão ilegal no prédio, tornando-o um antro de drogados, prstitutas, moradores de rua, gente de toda a espécie, este fosso era usado para despejo de lixo, que foi se acumulando ao longo do tempo. Quando enfim decidiram por restaurar o prédio, ao começarem a limpeza, não encontraram somente lixo, mas ossadas humanas, provávelmente de pessoas que eram mortas e jogadas alí, suicidas.
Segundo relatos do antigo zelador, ele presenciou por várias vezes o elevador funcionando sozinho, ouviu vozes, viu vultos.



O tempo passou e uma construção de um sonhador italiano até hoje trás medo e espalha terror na imaginação das pessoas, o prédio hoje é aberto a visitas turísticas, onde pode se contemplar os grandes e frios corredores e observar a casa do conde e toda sua vista estonteante (eu mesmo por uma vez, já andei no para-peito desse prédio, causando terror na minha companheira da época).
Será ainda hoje que o prédio ainda tem histórias para contar? E esse dito espírito, ainda passeia pelo edifício durante as noites? Há talvez mais espíritos aprisionados nele como o jovem Davidson ou a pobre Márcia? Será que algum funcionário ou visitante poderá ter algum encontro sobrenatural no prédio, presenciar um poltergeist? Ele poderia ser você...




Fonte: http://estacaoterror.blogspot.com.br