segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Castelinho da Rua APA

Portas e janelas que se abrem e fecham sozinhas, sons de vozes pedindo socorro, correntes arrastando no quintal, vultos que aparecem nas janelas dos antigos prédios. Esse é o São Paulo onde vivemos, cheio de mistérios e sempre nos surpreendendo. 
Hoje vamos começar com a série SP Assombrada, e para entrar com o pé direito, vamos falar do Castelinho da Rua Apa, e o crime que lá aconteceu há muito tempo atrás...

O castelinho na década de 1930


Em 1912, uma propriedade de estilo vitoriano foi inaugurada, para servir de moradia para a família Guimarães dos Reis, tradicional na cidade de São Paulo. Lá viveram a senhora Maria Cândida (mais conhecida como Dona Candinha) e seus dois filhos, na companhia de uma governanta.

Dona Candinha

Álvaro, um dos filhos da rica senhora, era apaixonado por patinação e queria transformar o cinema da família em um ringue de patinação. A família era totalmente contra, e por isso, dizem que a tragédia que viria a acontecer foi causada por essa pequena discussão familiar.

Armando

Na noite de doze de maio de 1937 a governanta da família ouviu gritos e tiros. Álvaro, Armando e Dona Candinha estavam mortos, todos vítimas de tiros de uma arma fogo. Ninguém sabia o que havia acontecido e nem o motivo, mas a polícia logo traçou sua hipótese, e foi essa a difundida pela mídia.

O jornal da época

Por causa da discussão sobre o cinema, Álvaro teria se exaltado e sacado a arma para atirar no irmão, e quando ouviu a gritaria, a mãe, Dona Candinha entrou na linha de fogo e acabou sendo atingida também. No desespero de ver a família morta, Álvaro se matou.

A arma do crime

Ninguém conseguiu provar nada, mas a polícia se firmou na hipótese da estória acima, pautou-se nisso para espalhar a tragédia pela mídia e safou-se de investigar se haveria ou não uma quarta pessoa na cena do crime. E era nisso, de haver uma quarta pessoa, que Maria Cândida Cunha Bueno, ou simplesmente Baby, acreditava. Ela sempre defendeu que seu namorado, Álvaro Guimarães dos Reis, era somente mais uma vítima desse bárbaro crime, e até o final de sua vida, aos noventa e sete anos, ela depositou pessoalmente as flores nos aniversários de morte de seu amado. Dizem que até os dias de hoje, algum parente de Baby deposita as flores na mesma data.

Álvaro

O número 236*, da bifurcação na travessa São João continua em pé, porém quase em pedaços. Seus portões continuam abertos, porém ninguém ousa entrar na antiga construção, e não somente pelo seu estado putrefato, mas sim porque muitos dizem ouvir e ver seres dentro da casa. Depois da fatídica noite, ninguém mais conseguiu dormir na construção. Até os moradores de rua, nas mais frias noites de inverno não ousam pernoitar nesse local.

*Segundo a numerologia a soma dos números da casa (2, 3 e 6) é 11, que seria o número da magia e do sobrenatural, e por estar numa bifurcação ele também se torna mais sinistro, pois é em tais travessas que costumam fazer-se magia negra.

A governanta da família

Há quem tenha tentado passar a noite lá, mas nunca conseguiram efetivar essa tentativa. Todos dizem que ouvem gemidos, gritos, disparos e desespero da mãe tentando acudir seus filhos. As aparições também não são das mais agradáveis, e ninguém mais ousou. 
E você, dormiria lá por uma mísera noite? Ou correria...?



Fonte:http://estacaoterror.blogspot.com.br